Ex-comandantes vão ser investigados
Os ex-comandantes do 10° Batalhão de Polícia Militar de Assú serão investigados pelo Ministério Público Estadual, sob suspeita de participação no esquema de corrupção que foi revelado na operação "Batalhão Mall". O coronel Francisco Canindé da Silva e o tenente-coronel Eliezer Rodrigues Felismino devem ser intimados para prestar depoimento durante os próximos dias. Eles estão sendo acusados pelo empresário Pedro Gonçalves da Costa Júnior, um dos presos pelo pagamento das propinas.
Pedro Gonçalves, gerente da Nossa Agência, apontada pelo Ministério Público como uma das empresas beneficiadas pelo esquema de segurança privada, resolveu colaborar com as investigações e delatou todos os envolvidos. Em depoimento aos promotores que investigam o caso, ele confessou sua participação e informou que o esquema funcionava havia cerca de seis anos, referindo-se ao período em que o Batalhão de Assú foi comandado pelos dois oficiais. O tenente-coronel Wellington Arcanjo de Morais, ex-comandante de Assú, foi apontado como líder do esquema.
De acordo com os promotores estaduais de justiça que participaram da investigação, praticamente toda a estrutura do Batalhão de Polícia Militar de Assú havia sido corrompida pelo esquema, que consistia no fornecimento indevido de segurança particular com a estrutura da PM, mediante pagamento de propina. Os empresários Rodolfo Leonardo Soares Fagundes de Albuquerque, dono do posto Líder; Erinaldo Medeiros de Oliveira, proprietário do posto Florestal; e Pedro Gonçalves da Costa, gerente da Nossa Agência, pagavam mensalidades à PM para terem direito a regalias na segurança.
No pacote de serviços oferecidos pelos policiais, estava a escolta de funcionários dessas empresas com malotes de dinheiro e fixação de viaturas 24 horas por dia na frente dos seus estabelecimentos. Na investigação, o MP informa ainda que policiais foram flagrados furtando combustíveis dentro do Batalhão de Assú. Toda a investigação foi documentada e algumas imagens foram divulgadas pelo MP, as quais mostram os policiais fazendo escolta, segurança privada nos estabelecimentos e furtando combustível. O esquema, segundo a investigação, funcionava dos oficiais para seus subordinados.
É justamente por isso que os nomes do tenente-coronel Eliezer Felismino e do coronel Francisco Canindé surgem nas investigações como suspeitos. O ex-comandante do BPM de Assú Wellington Arcanjo, que assumiu o posto após a saída de Eliezer, é apontado pelo Ministério Público como o mentor do esquema, ao lado do major Carlos Alberto Gomes de Oliveira, comandante da Companhia Independente de Polícia Militar de João Câmara. O sargento Francisco Xavier Leonez é apontado como uma espécie de organizador e os nove soldados seriam os responsáveis pela execução final.
PMs ficam presos e empresários são soltos
Os 12 policiais militares acusados de fazer parte da rede de corrupção que funcionava a partir do Batalhão de Polícia Militar de Assú continuam presos em unidades militares da capital. Quanto aos empresários, apenas um deles continua preso. Dois foram soltos, sendo que um deles por pedido do Ministério Público Estadual. Pedro Gonçalves da Costa, gerente da Nossa Agência, foi beneficiado com a delação premiada por ajudar o MPE.
Pedro Gonçalves foi solto na noite de terça-feira, 5, a pedido do MPE; já, Rodolfo Leonardo Soares Fagundes de Albuquerque, responsável pelo posto do Grupo Líder em Assú, foi solto ontem pela manhã, por decisão do Tribunal de Justiça do RN.
Apenas Erinaldo Medeiros de Oliveira, dono do posto Florestal, continua preso em Natal.
A decisão de liberar Rodolfo Fagundes foi assinada pela desembargadora Maria Zeneide Bezerra, revogando a prisão preventiva que havia sido decretada pela Justiça de Assú, primeira instância, que decretou a prisão dos três empresários suspeitos.
Fonte: Jornal de Fato
Pedro Gonçalves, gerente da Nossa Agência, apontada pelo Ministério Público como uma das empresas beneficiadas pelo esquema de segurança privada, resolveu colaborar com as investigações e delatou todos os envolvidos. Em depoimento aos promotores que investigam o caso, ele confessou sua participação e informou que o esquema funcionava havia cerca de seis anos, referindo-se ao período em que o Batalhão de Assú foi comandado pelos dois oficiais. O tenente-coronel Wellington Arcanjo de Morais, ex-comandante de Assú, foi apontado como líder do esquema.
De acordo com os promotores estaduais de justiça que participaram da investigação, praticamente toda a estrutura do Batalhão de Polícia Militar de Assú havia sido corrompida pelo esquema, que consistia no fornecimento indevido de segurança particular com a estrutura da PM, mediante pagamento de propina. Os empresários Rodolfo Leonardo Soares Fagundes de Albuquerque, dono do posto Líder; Erinaldo Medeiros de Oliveira, proprietário do posto Florestal; e Pedro Gonçalves da Costa, gerente da Nossa Agência, pagavam mensalidades à PM para terem direito a regalias na segurança.
No pacote de serviços oferecidos pelos policiais, estava a escolta de funcionários dessas empresas com malotes de dinheiro e fixação de viaturas 24 horas por dia na frente dos seus estabelecimentos. Na investigação, o MP informa ainda que policiais foram flagrados furtando combustíveis dentro do Batalhão de Assú. Toda a investigação foi documentada e algumas imagens foram divulgadas pelo MP, as quais mostram os policiais fazendo escolta, segurança privada nos estabelecimentos e furtando combustível. O esquema, segundo a investigação, funcionava dos oficiais para seus subordinados.
É justamente por isso que os nomes do tenente-coronel Eliezer Felismino e do coronel Francisco Canindé surgem nas investigações como suspeitos. O ex-comandante do BPM de Assú Wellington Arcanjo, que assumiu o posto após a saída de Eliezer, é apontado pelo Ministério Público como o mentor do esquema, ao lado do major Carlos Alberto Gomes de Oliveira, comandante da Companhia Independente de Polícia Militar de João Câmara. O sargento Francisco Xavier Leonez é apontado como uma espécie de organizador e os nove soldados seriam os responsáveis pela execução final.
PMs ficam presos e empresários são soltos
Os 12 policiais militares acusados de fazer parte da rede de corrupção que funcionava a partir do Batalhão de Polícia Militar de Assú continuam presos em unidades militares da capital. Quanto aos empresários, apenas um deles continua preso. Dois foram soltos, sendo que um deles por pedido do Ministério Público Estadual. Pedro Gonçalves da Costa, gerente da Nossa Agência, foi beneficiado com a delação premiada por ajudar o MPE.
Pedro Gonçalves foi solto na noite de terça-feira, 5, a pedido do MPE; já, Rodolfo Leonardo Soares Fagundes de Albuquerque, responsável pelo posto do Grupo Líder em Assú, foi solto ontem pela manhã, por decisão do Tribunal de Justiça do RN.
Apenas Erinaldo Medeiros de Oliveira, dono do posto Florestal, continua preso em Natal.
A decisão de liberar Rodolfo Fagundes foi assinada pela desembargadora Maria Zeneide Bezerra, revogando a prisão preventiva que havia sido decretada pela Justiça de Assú, primeira instância, que decretou a prisão dos três empresários suspeitos.
Fonte: Jornal de Fato