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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Cerca de 40 a 50 mil correspondências não estão sendo entregues por dia com greve dos Correios

Apenas serviços de entregas como sedex, malotes e encomendas especiais são distribuídas normalmente

Diariamente, cerca de 40 a 50 mil correspondências simples não estão sendo distribuídas em Mossoró desde que os funcionários dos Correios entraram em greve. Apenas sedex, malotes e encomendas especiais estão sendo entregues normalmente na cidade.

A assessoria de comunicação da Diretoria Regional do Rio Grande do Norte da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) informou que a nível nacional 60% das correspondências continuam, enquanto os 40% estão sofrendo algum tipo de atraso. “Nos estados e cidades esse número pode ser mais baixo ou mais alto”, disse o assessor Mauro José da Silva.

Ele nega que Mossoró não esteja recebendo as correspondências. “O transporte aéreo e terrestre está sendo feito normalmente. O problema é que os funcionários da triagem e da distribuição não estão trabalhando, por isso o atraso”, explica.

O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (SINTECT), José Ferreira, disse que os funcionários do centro de triagem na Bahia, responsável pela distribuição para os estados do Nordeste, aderiram à greve – o que impossibilita o envio das correspondências. “Eles não estão trabalhando. É o pessoal do administrativo que está fazendo os trabalhos”, acrescenta.

Para evitar que mais correspondências simples se acumulem, neste último final de semana os Correios de Mossoró e Natal realizaram um mutirão para fazer triagens.

Os mossoroenses que já sofrem com os serviços da empresa já estão preocupados com a paralisação dos serviços. Para evitar aborrecimentos, José Ferreira recomenda que as pessoas procurem as empresas para solicitar outra forma de recebimento das faturas ou boletos, por exemplo.

“O Procon orienta as pessoas a fazerem isso e as empresas têm obrigação de oferecer alternativas de pagamento, como pela internet, via e-mail, ou por algum escritório local”, destaca.

Dos profissionais que entraram em greve, os carteiros são os que aderiram em maior número – 98% deles cruzaram os braços. O setor de atendimento comercial não foi muito afetado, pois teve pouca adesão. A adesão foi muito significativa nas agências de cidades do interior. Esta semana os servidores das agências de Assu e Macau optaram pelo movimento grevista.

Entre as reivindicações dos trabalhadores estão: reposição salarial de 24,76% do período entre 1994 e 2010; reposição da inflação do período em 7%; aumento do vale alimentação para R$ 30,00; aumento real de R$ 400,00; instituição de um piso salarial de R$ 1.635,00; melhores condições de trabalho; segurança nas agências do interior e contratação de mais profissionais.

Com informações do repórter Bruno Soares
Foto: Célio Duarte/Gazeta do Oeste

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