Mesmo confrontado com nomes, Lauro Maia nega envolvimento em propina
Mesmo confrontado com uma planilha contendo nomes de empresas, valores em dinheiro e datas, coletada em seu computador pessoal, o filho da ex-governadora Wilma de Faria, Lauro Maia, negou envolvimento no suposto esquema de pagamento de propinas para a renovação de contratos na Secretaria Estadual de Saúde. O suposto esquema foi investigado na Operação Hígia, em 2008, que culminou com a prisão de Lauro Maia e outras 12 pessoas. Tanto ele como o ex-secretário-adjunto de Esportes, João Henrique Lins, considerado na investigação o arrecadador do esquema, afirmaram ser inocentes de todas as acusações.
O interrogatório de Lauro Maia, apontado como o destinatário final das propinas supostamente pagas, era o mais esperado desde o início da instrução do processo. Apesar de ser apenas o segundo interrogado, o filho da ex-governadora Wilma de Faria chegou cedo ao prédio da Justiça Federal, às 8h40, acompanhado de seu advogado, vestindo um terno de cor bege e munido de uma pasta. Enquanto aguardava a sua vez de responder aos questionamentos do juiz Mário Jambo, Lauro Maia se manteve disperso. Ele e João Henrique Lins, seu amigo de adolescência e suposto comparsa, de acordo com a investigação, sentados lado a lado não trocaram olhares e nem se falaram.
Ao sentar na cadeira dos interrogados, informou a própria renda (de R$ 80 mil a R$ 100 mil por ano) e declarou-se inocente das acusações. Primeiramente, Lauro esclareceu a sua atuação à época dos fatos relatados. Era assessor do deputado federal Rogério Marinho em Natal. Além disso, auxiliava o pai Lavoisier Maia, como uma espécie de assessor político. Lauro Maia era o responsável por fazer articulações com prefeitos e lideranças no interior do Estado. A partir disso, o filho de Wilma de Faria negou qualquer ingerência na Secretaria Estadual de Saúde e outras secretarias do Governo do Estado. "Sempre trabalhei em contato com os prefeitos e lideranças do interior do Estado", disse.
O juiz da 2a. Vara Federal, Mário Jambo, apresentou em seguida um documento apreendido no computador pessoal de Lauro Maia. Trata-se de uma planilha contendo nomes de empresas e datas de pagamento, divididas entre autorizadas e solicitadas. A Emvipol, por exemplo, uma das empresas que estaria envolvida no esquema, consta dessa lista. "Desconheço essa lista", disse, após o juiz reforçar que foi apreendido pela perícia da Polícia Federal no computador do acusado.
Lauro Maia passou então a negar seguidamente todas as acusações imputadas. Sobre as denúncias de Anderson Miguel e Jane Alves, afirmou serem "mentirosas". "Não consigo entender porque me acusam", negou, quando questionado diretamente por Mário Jambo sobre o episódio em que Jane Alves haveria lhe atirado "dinheiro na cara". Sobre possíveis encontros com Mauro Bezerra, Lauro disse ter acontecido apenas uma vez, na residência oficial, onde ele residiu de julho de 2002 a dezembro de 2006. "Havia a possibilidade de um racha no partido (PSB) por divergências com o deputado Rogério Marinho e Mauro Bezerra foi tentar solucionar, por se amigo do deputado", relatou.
A defesa de Lauro Maia centrou seus argumentos na ausência de interceptações telefônicas envolvendo o seu cliente. A PF havia dito sobre isso, segundo a defesa, que Lauro não costumava usar telefones celulares. O acusado respondeu: "Tenho um plano familiar da TIM e uso de 800 a mil minutos todos os meses". Haveria por volta de seis mil minutos nos seis meses de escuta telefônica nos dois números pertencentes a Lauro Maia, de final 2570 e 2670, respectivamente. Até o presente momento, não foi apresentado pelo Ministério Público Federal nenhum áudio com Lauro Maia, embora ele seja citado em várias gravações por terceiros.
O interrogatório de Lauro Maia, apontado como o destinatário final das propinas supostamente pagas, era o mais esperado desde o início da instrução do processo. Apesar de ser apenas o segundo interrogado, o filho da ex-governadora Wilma de Faria chegou cedo ao prédio da Justiça Federal, às 8h40, acompanhado de seu advogado, vestindo um terno de cor bege e munido de uma pasta. Enquanto aguardava a sua vez de responder aos questionamentos do juiz Mário Jambo, Lauro Maia se manteve disperso. Ele e João Henrique Lins, seu amigo de adolescência e suposto comparsa, de acordo com a investigação, sentados lado a lado não trocaram olhares e nem se falaram.
Ao sentar na cadeira dos interrogados, informou a própria renda (de R$ 80 mil a R$ 100 mil por ano) e declarou-se inocente das acusações. Primeiramente, Lauro esclareceu a sua atuação à época dos fatos relatados. Era assessor do deputado federal Rogério Marinho em Natal. Além disso, auxiliava o pai Lavoisier Maia, como uma espécie de assessor político. Lauro Maia era o responsável por fazer articulações com prefeitos e lideranças no interior do Estado. A partir disso, o filho de Wilma de Faria negou qualquer ingerência na Secretaria Estadual de Saúde e outras secretarias do Governo do Estado. "Sempre trabalhei em contato com os prefeitos e lideranças do interior do Estado", disse.
O juiz da 2a. Vara Federal, Mário Jambo, apresentou em seguida um documento apreendido no computador pessoal de Lauro Maia. Trata-se de uma planilha contendo nomes de empresas e datas de pagamento, divididas entre autorizadas e solicitadas. A Emvipol, por exemplo, uma das empresas que estaria envolvida no esquema, consta dessa lista. "Desconheço essa lista", disse, após o juiz reforçar que foi apreendido pela perícia da Polícia Federal no computador do acusado.
Lauro Maia passou então a negar seguidamente todas as acusações imputadas. Sobre as denúncias de Anderson Miguel e Jane Alves, afirmou serem "mentirosas". "Não consigo entender porque me acusam", negou, quando questionado diretamente por Mário Jambo sobre o episódio em que Jane Alves haveria lhe atirado "dinheiro na cara". Sobre possíveis encontros com Mauro Bezerra, Lauro disse ter acontecido apenas uma vez, na residência oficial, onde ele residiu de julho de 2002 a dezembro de 2006. "Havia a possibilidade de um racha no partido (PSB) por divergências com o deputado Rogério Marinho e Mauro Bezerra foi tentar solucionar, por se amigo do deputado", relatou.
A defesa de Lauro Maia centrou seus argumentos na ausência de interceptações telefônicas envolvendo o seu cliente. A PF havia dito sobre isso, segundo a defesa, que Lauro não costumava usar telefones celulares. O acusado respondeu: "Tenho um plano familiar da TIM e uso de 800 a mil minutos todos os meses". Haveria por volta de seis mil minutos nos seis meses de escuta telefônica nos dois números pertencentes a Lauro Maia, de final 2570 e 2670, respectivamente. Até o presente momento, não foi apresentado pelo Ministério Público Federal nenhum áudio com Lauro Maia, embora ele seja citado em várias gravações por terceiros.