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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Amanhã é último prazo para receber

Quem trabalhou pelo menos 30 dias com carteira assinada em 2010 e recebeu, em média, até dois salários mínimos mensais neste ano só têm até amanhã para receber o abono salarial, no valor de um salário mínimo (R$ 545,00). O abono é um benefício anual, assegurado ao trabalhador cadastrado no Programa de Integração Social (PIS) e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP) que atenda as exigências previstas em lei.

O impressor Janilson Vieira não perdeu tempo. Com os R$ 545,00 que recebeu na Caixa Econômica Federal pagou uma dívida no colégio da filha e antecipou a feira do mês. "Para quem tem um salário limitado como eu, essa é uma grande ajuda", disse o trabalhador.

Francisco Elton de Assis trabalha com manutenção de telefones e há dois anos tem carteira assinada com menos de dois salários mínimos e, mesmo assim, ele disse que não sabia do abono salarial. "Eu já ouvi falar, mas ainda não fui ver se tenho direito", disse. Como o prazo está expirando, Elton deve ir ainda hoje a uma agência da Caixa para verificar sua conta. A preocupação com o prazo é importante porque se o dinheiro não for sacado no prazo o beneficiário não poderá mais resgatá-lo.

No Rio Grande do Norte, 96,38% dos trabalhadores com direito a receber abono salarial já sacaram o benefício. O Estado é o segundo com a maior taxa de cobertura, atrás apenas de Pernambuco, com 96,65%. Minas Gerais (96,08%) e Ceará (96%) vêm em seguida. A menor taxa de cobertura está no Mato Grosso, com 87,63%.

Em maio, o Nordeste tinha a maior taxa de cobertura, onde 95,33% dos 4.019.044 trabalhadores com direito a receber o benefício já sacaram. Em todo o Brasil, dos 18,5 milhões identificados com direito a receber o benefício, 1.146.674 ainda não haviam sacado o benefício até 31 de maio. Até essa data já foram pagos R$ 8,717 bilhões provenientes do FAT, alcançando uma cobertura de 93,8%. A previsão é pagar, no total, R$ 9,642 bilhões.

Todos esses números animam o setor de comércio. Para o presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Norte (FCDL), Marcelo Rosado, todo dinheiro que passa a circular é bom para o lojista, principalmente quando ele chega às camadas pobres. "O erro que acontecia antes era que o Governo Federal colocava dinheiro nos bancos para ser distribuído para a população. Agora acontece o inverso; com os programas sociais, aumento de salário e o abono é que o dinheiro circula", aponta Marcelo.

Para ele, esse dinheiro tende a ficar no Rio Grande do Norte e é direcionado para suprir uma necessidade que se tem de trocar um televisor, trocar uma porta ou pagar alguma conta. "Esse dinheiro não é usado para guardar nem para enviar para algum lugar, mas para uma necessidade", finaliza Marcelo Rosado.

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