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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Ameaça bacteriana no Rio Grande do Norte

O perigo mora ao lado. A bactéria Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC) foi diagnosticada em um paciente de 72 anos na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Edsonb Ramalho, em Patos (PB). O paciente com a superbactéria veio do Hospital São Francisco, da mesma cidade. Essa seria a principal preocupação das autoridades epidemiológicas do Rio Grande do Norte, se não fosse outra ainda mais perigosa e mortal (Escherichia Coli - E. Coli) do outro lado do oceano, na Europa.

No final da tarde de sexta-feira, 10, a subsecretária Ana Tânia e a coordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde (SESAP), Juliana Araújo, reuniram-se em Natal com técnicos do setor de epidemiologia para traçar estratégias de como evitar que a superbactéria KPC de Patos ultrapasse a divisa do Alto Oeste Potiguar e que a E.Ecoli chegue ao Rio Grande do Norte por meio do aeroporto internacional e dos três portos do litoral.

A UTI do Hospital Edson Ramalho, em Patos, foi interditada. Todos os pacientes estão sendo submetidos a exames e os médicos e enfermeiros que tiveram acesso à UTI também. Nesses casos, a recomendação do Ministério da Saúde é isolar a área. A doença matou vários pacientes em hospitais de Brasília em 2009 e 2010. Segundo Juliana Araújo, a KPC existe no solo e que passa por um processo de mutação, geralmente nas unidades hospitalares de terapia intensiva.

No caso da E. Ecoli, as agências internacionais divulgaram sexta-feira que pelo menos 17 pessoas já havia morrido e outras 1.500 havia sido contaminadas principalmente na Alemanha. A bactéria se espalha com relativa rapidez para vários outros países próximos e também do outro lado do oceano. Sexta-feira, foi confirmado que dois turistas americanos retornaram da Alemanha contaminados, daí a preocupação das autoridades da Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte. "Temos uma equipe competente e empenhada fiscalizando aeroporto e os portos do Rio Grande do Norte", destaca Ana Tânia.

Lavar as mãos para evitar KPC e C. Coli
A KPC é um organismo de resistência de bactérias a um grupo de antibióticos. Ao adquirir uma enzima dentro do corpo humano, a bactéria se torna resistente aos antibióticos, incluindo os mais potentes contra infecções. Os sintomas são parecidos com pneumonia e infecção urinária.

A doença atinge principalmente pessoas hospitalizadas com baixa imunidade, como pacientes de unidade de terapia intensiva (UTI). A bactéria pode ser transmitida por meio do contato direto, como o toque, ou pelo uso de objetos.

"A lavagem das mãos com água corrente e sabão neutro é uma das formas de impedir a disseminação da bactéria nos hospitais", explica Juliana Araújo, coordenadora do setor de Epidemiologia da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte.

Ainda segundo a coordenadora, é muito importante que o acompanhante ou visitante de doentes em hospitais lave as mãos com água e sabão e também passe álcool e evite tocar em pacientes, macas, mesas de cabeceira e equipamentos hospitalares.

Juliana Araújo disse que existem medicamentos eficazes no tratamento do KPC, se diagnosticado em tempo. Tratam-se dos Polimixinas e Tigeciclinas, mas ela adverte que somente se ministrados por médicos especialistas. É perigoso se automedicar.

E. COLI
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária informa que a maneira de evitar E. Coli é também lavar bem as mãos depois de ir ao banheiro ou entrar em contato com animais e antes de tocar quaisquer alimentos. Frutas e vegetais devem ser bem lavados, principalmente se forem consumidos crus. Os alimentos devem ser cozidos à temperatura de 70°C.

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