Pesquisa mostra que 90% dos passageiros não utilizam o cinto de segurança traseiro
Apesar de já ser obrigatório de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o uso do cinto de segurança é ignorado pela maioria dos passageiros que andam nos bancos traseiros dos veículos. A constatação é da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego, que com base em uma pesquisa comprovou que enquanto 90% das pessoas usam o cinto no banco da frente, o mesmo percentual de pessoas não utiliza o cinto no banco de trás.
A não-utilização do cinto no banco traseiro possibilita um risco enorme de lesão para quem está sem a proteção e também para os ocupantes dos bancos da frente. De acordo com o chefe substituto da Delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Mossoró, Iatamir Gurgel, o problema está diretamente relacionado à falta de conscientização da população. "Em casos de acidente, a grande diferença é o cinto de segurança. Falta consciência das pessoas", afirma.
Segundo Iatamir Gurgel, o cinto de segurança do banco de trás não é utilizado com mais frequência em trechos urbanos, onde a fiscalização da PRF não acontece de forma intensificada. "Nesses trechos, como no centro da cidade, por exemplo, as velocidades são menores e as pessoas imaginam que só poderão ocorrer colisões leves, e por isso a utilização do cinto não faz tanta diferença para eles. Alguns só usam o cinto para atender a legislação e não serem multados", explica.
Em trechos rurais das rodovias federais, o uso do cinto é verificado com mais frequência. "Como a velocidade é maior, a tendência é que o equipamento seja utilizado e há também a possibilidade de uma maior fiscalização, o que intimida os motoristas. Somente em trechos das rodovias federais esquecidos é que a infração acontece", destaca.
Segundo Iatamir, muitos condutores afirmam que o uso do cinto no banco de trás pode "atrapalhar" a remoção do passageiro em eventuais acidentes. "Em um veículo incendiado, por exemplo, como se pode deduzir que se o passageiro estivesse sem o cinto, ele poderia sair daquela situação? Não é simples julgar. Nós só vemos benefícios com o uso desse equipamento", alerta.
A partir de simulações, foi verificado que em colisões a 50km/h uma criança de 20 quilos se projeta contra o banco da frente com uma força de 300 quilos. Um adulto de 60 quilos é lançado com um peso de quase uma tonelada. Traumatismo craniano, lesão da coluna vertebral, no tórax e no abdômen estão entre as prováveis consequências de um incidente dessa natureza.
Então, o que pode ser feito para solucionar o problema? Para o chefe substituto da Delegacia da PRF em Mossoró, é preciso que a população se eduque. "A educação é a chave para tudo. Alguns órgãos possuem projetos ligados à educação no trânsito entre crianças, mas é muito pouco. Vai demorar muito até que se tenha uma boa situação nesse sentido", constata Iatamir Gurgel.
Além do fator educacional, a falta de efetivo nas rodovias contribui para que os condutores não respeitem a legislação de trânsito brasileira. "É preciso investir na contratação de novos profissionais, já que o efetivo existente é insuficiente, e não vejo com muito otimismo a solução desse problema", conclui.
A não-utilização do cinto no banco traseiro possibilita um risco enorme de lesão para quem está sem a proteção e também para os ocupantes dos bancos da frente. De acordo com o chefe substituto da Delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Mossoró, Iatamir Gurgel, o problema está diretamente relacionado à falta de conscientização da população. "Em casos de acidente, a grande diferença é o cinto de segurança. Falta consciência das pessoas", afirma.
Segundo Iatamir Gurgel, o cinto de segurança do banco de trás não é utilizado com mais frequência em trechos urbanos, onde a fiscalização da PRF não acontece de forma intensificada. "Nesses trechos, como no centro da cidade, por exemplo, as velocidades são menores e as pessoas imaginam que só poderão ocorrer colisões leves, e por isso a utilização do cinto não faz tanta diferença para eles. Alguns só usam o cinto para atender a legislação e não serem multados", explica.
Em trechos rurais das rodovias federais, o uso do cinto é verificado com mais frequência. "Como a velocidade é maior, a tendência é que o equipamento seja utilizado e há também a possibilidade de uma maior fiscalização, o que intimida os motoristas. Somente em trechos das rodovias federais esquecidos é que a infração acontece", destaca.
Segundo Iatamir, muitos condutores afirmam que o uso do cinto no banco de trás pode "atrapalhar" a remoção do passageiro em eventuais acidentes. "Em um veículo incendiado, por exemplo, como se pode deduzir que se o passageiro estivesse sem o cinto, ele poderia sair daquela situação? Não é simples julgar. Nós só vemos benefícios com o uso desse equipamento", alerta.
A partir de simulações, foi verificado que em colisões a 50km/h uma criança de 20 quilos se projeta contra o banco da frente com uma força de 300 quilos. Um adulto de 60 quilos é lançado com um peso de quase uma tonelada. Traumatismo craniano, lesão da coluna vertebral, no tórax e no abdômen estão entre as prováveis consequências de um incidente dessa natureza.
Então, o que pode ser feito para solucionar o problema? Para o chefe substituto da Delegacia da PRF em Mossoró, é preciso que a população se eduque. "A educação é a chave para tudo. Alguns órgãos possuem projetos ligados à educação no trânsito entre crianças, mas é muito pouco. Vai demorar muito até que se tenha uma boa situação nesse sentido", constata Iatamir Gurgel.
Além do fator educacional, a falta de efetivo nas rodovias contribui para que os condutores não respeitem a legislação de trânsito brasileira. "É preciso investir na contratação de novos profissionais, já que o efetivo existente é insuficiente, e não vejo com muito otimismo a solução desse problema", conclui.
FONTE: GAZETA DO OESTE