RN vai usar medicina alternativa no SUS
O uso de plantas, agulhas de acupuntura, gotinhas da homeopatia e até água mineral para tratar pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). Não se trata de utopia; é realidade. O Rio Grande do Norte é o primeiro Estado do Nordeste habilitado para o uso de práticas integrativas e complementares (PIC) na rede pública de saúde. Mas, apesar da boa notícia, o prazo para elas serem disponibilizadas nas unidades ainda não foi estabelecido. A Secretaria Estadual de Saúde Pública (SESAP) está iniciando um censo para conhecer os profissionais à disposição da rede e só depois estabelecer o que será ofertado, a partir de quando e em quais unidades.
A utilização de métodos como a acupuntura, homeopatia, fitoterapia, medicina antroposófica (que trata o corpo físico e o espiritual como um só) e até o uso de água mineral na cura e combate a doenças foi estabelecida na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), proposta pelo Ministério da Saúde há cinco anos. Mas só agora encontra as portas abertas para sua implementação no Rio Grande do Norte.
Essas práticas já eram realizadas no SUS antes de 2006, mas de forma tímida. Com a implementação da PNPIC elas ganharam força. O último levantamento feito pelo Ministério da Saúde, há três anos, mostrou que de 2007 para 2008 a utilização das PICs no SUS cresceu significativamente. O número de procedimentos em acupuntura, por exemplo, aumentou 122% e de práticas corporais, como tai chi chuan, cresceu 358%. Para se ter ideia, em 2000, foram realizadas 257.508 consultas em homeopatia. Já em 2007, foram 312.533.
Com a institucionalização das práticas não convencionais no SUS, Estados e municípios que já as desenvolviam tiveram suas ações fortalecidas e os que não tinham passaram a ter a chance de desenvolvê-las, como é o caso do Rio Grande do Norte.
A secretária adjunta de saúde do Estado e uma das principais especialistas da região nas PIC, Ana Tânia Sampaio, explica que as práticas priorizam a promoção da saúde e promovem o acesso da população a práticas antes restritas ao setor privada. "A integralidade da atenção é um dos princípios do SUS e a utilização das práticas pode ser benéfica não só para o paciente, mas também para o próprio sistema de saúde", diz. Para ela, as técnicas promovem, protegem e recuperam a saúde de forma integral. "As PIC consideram a multidimensionalidade do ser humano. O percebem como mente/corpo/espírito e não um conjunto de partes isoladas. Isso auxilia o tratamento e traz melhores resultados", explica.
As práticas e os recursos utilizados pelos profissionais envolvem abordagens que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção e cura por meio de tecnologias comprovadamente eficazes e seguras. A ideia é oferecer uma visão ampliada do processo saúde-doença e garantir a promoção global do cuidado humano, especialmente do autocuidado.
A utilização dessas técnicas, além de corroborar para a integralidade da atenção à saúde, também promove a racionalização e uma melhor utilização dos recursos dos serviços de saúde. Em outras palavras, com o cuidado sendo iniciado na prevenção e levando em consideração o indivíduo em sua totalidade, as doenças serão diagnósticas com mais rapidez, em estágios menos graves ou poderão até serem evitadas, diminuindo o custo de cada paciente para o sistema.
Os Estados do Espírito Santo e Minas Gerais já implantaram as PISs e os resultados alcançados têm sido altamente satisfatórios.
A utilização de métodos como a acupuntura, homeopatia, fitoterapia, medicina antroposófica (que trata o corpo físico e o espiritual como um só) e até o uso de água mineral na cura e combate a doenças foi estabelecida na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), proposta pelo Ministério da Saúde há cinco anos. Mas só agora encontra as portas abertas para sua implementação no Rio Grande do Norte.
Essas práticas já eram realizadas no SUS antes de 2006, mas de forma tímida. Com a implementação da PNPIC elas ganharam força. O último levantamento feito pelo Ministério da Saúde, há três anos, mostrou que de 2007 para 2008 a utilização das PICs no SUS cresceu significativamente. O número de procedimentos em acupuntura, por exemplo, aumentou 122% e de práticas corporais, como tai chi chuan, cresceu 358%. Para se ter ideia, em 2000, foram realizadas 257.508 consultas em homeopatia. Já em 2007, foram 312.533.
Com a institucionalização das práticas não convencionais no SUS, Estados e municípios que já as desenvolviam tiveram suas ações fortalecidas e os que não tinham passaram a ter a chance de desenvolvê-las, como é o caso do Rio Grande do Norte.
A secretária adjunta de saúde do Estado e uma das principais especialistas da região nas PIC, Ana Tânia Sampaio, explica que as práticas priorizam a promoção da saúde e promovem o acesso da população a práticas antes restritas ao setor privada. "A integralidade da atenção é um dos princípios do SUS e a utilização das práticas pode ser benéfica não só para o paciente, mas também para o próprio sistema de saúde", diz. Para ela, as técnicas promovem, protegem e recuperam a saúde de forma integral. "As PIC consideram a multidimensionalidade do ser humano. O percebem como mente/corpo/espírito e não um conjunto de partes isoladas. Isso auxilia o tratamento e traz melhores resultados", explica.
As práticas e os recursos utilizados pelos profissionais envolvem abordagens que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção e cura por meio de tecnologias comprovadamente eficazes e seguras. A ideia é oferecer uma visão ampliada do processo saúde-doença e garantir a promoção global do cuidado humano, especialmente do autocuidado.
A utilização dessas técnicas, além de corroborar para a integralidade da atenção à saúde, também promove a racionalização e uma melhor utilização dos recursos dos serviços de saúde. Em outras palavras, com o cuidado sendo iniciado na prevenção e levando em consideração o indivíduo em sua totalidade, as doenças serão diagnósticas com mais rapidez, em estágios menos graves ou poderão até serem evitadas, diminuindo o custo de cada paciente para o sistema.
Os Estados do Espírito Santo e Minas Gerais já implantaram as PISs e os resultados alcançados têm sido altamente satisfatórios.