Violência cresce e Polícia pode parar
No momento em que a Polícia Militar vai às ruas de Mossoró para tentar reduzir os índices de violência, que só têm crescido nos últimos meses, a Polícia Civil do Rio Grande do Norte anuncia que poderá entrar em greve mais uma vez. Isso significa que todo o trabalho feito pela PM para prender criminosos poderá não surtir o efeito desejado, já que os procedimentos referentes à Polícia Civil podem ficar "engavetados". Enquanto isso, o número de assassinatos neste ano em Mossoró se aproxima de 100.
Até a tarde de sexta-feira passada, 13, quando o Sindicato dos Policiais Civis (SINPOL) do Rio Grande do Norte se reuniu em Mossoró com a categoria, ainda não havia uma definição. A única certeza dos policiais é que a instituição poderá suspender praticamente todas as suas atividades a partir da próxima terça-feira, 17. Os representantes do Sinpol querem uma reunião com a governadora Rosalba Ciarlini e o secretário chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso. O encontro foi agendado para sexta-feira, mas foi remarcado para a próxima segunda. Caso não ocorra, a greve se confirmará.
"Nós queremos negociar. Demos um prazo para o Governo até terça-feira. A greve só acontecerá se não houver essa negociação", alerta Djair Oliveira, vice-presidente do Sinpol no Rio Grande do Norte, lembrando que os prejuízos de uma possível greve acarretarão diretamente nos níveis de violência em todo o território potiguar. "Para a sociedade, é um grande prejuízo. A sensação de insegurança é sentida por todos os cidadãos do Rio Grande do Norte. Se a Polícia Civil paralisa, quem paga é a sociedade. Paga pelo descaso do Governo do RN com a segurança", reconhece Djair.
Em Mossoró, por exemplo, a situação tende a se agravar ainda mais. Casos de homicídios e tentativas de homicídio, bem como outros crimes de natureza violenta, como roubos e tráfico de entorpecentes, têm tido uma ascensão preocupante nos primeiros meses de 2011. Nesses casos, a responsabilidade de fazer o trabalho investigativo e, consequentemente, de produção de provas para a condenação dos criminosos é inteiramente da Polícia Civil. "Se não houver negociação, para tudo. Só ficam os serviços essenciais, inadiáveis. O restante paralisa tudo. Boletins (de ocorrência)...", diz o sindicalista.
Caso a Polícia Civil suspenda realmente suas atividades a partir da próxima terça-feira, o sindicato afirma que não há um prazo definido para que seja retomado o trabalho investigativo, bem como as outras atribuições da instituição. Nesse caso, a atuação da Polícia Civil no interior, que já é bastante defasada, piora ainda mais. Algumas cidades funcionarão como polos de atendimento, em casos de urgência, como Mossoró, por exemplo, que concentrará o trabalho de várias delegacias da região Oeste do Rio Grande do Norte. Em Natal, somente as delegacias de plantão funcionarão.
Polícia tem apoio da Assembleia Legislativa do RN
Os policiais civis do Rio Grande do Norte contam com o apoio de alguns dos membros da Assembleia Legislativa do Estado na luta por melhorias da categoria. Alguns deputados já manifestaram seu apoio à causa e vão intermediar o encontro dos representantes do Sindicato dos Policiais Civis e a governadora Rosalba Ciarlini.
O presidente da AL, Ricardo Motta, anunciou na semana passada que vai intermediar as negociações dos policiais civis com o Governo do Estado.
Os policiais civis do RN também receberam apoio dos deputados Gilson Moura, Fábio Dantas e Fernando Mineiro, que se comprometeram a integrar a comissão que negociará com o Governo. Mineiro, aliás, criticou o posicionamento do Estado para com os movimentos dos servidores públicos. Ele critica o fechamento de diálogo mesmo nas reuniões, o que vem ocorrendo com outras categorias, quando dizem que não poderão cumprir legislações aprovadas em 2010, para implantações de planos de cargos, carreira e salários.
Até a tarde de sexta-feira passada, 13, quando o Sindicato dos Policiais Civis (SINPOL) do Rio Grande do Norte se reuniu em Mossoró com a categoria, ainda não havia uma definição. A única certeza dos policiais é que a instituição poderá suspender praticamente todas as suas atividades a partir da próxima terça-feira, 17. Os representantes do Sinpol querem uma reunião com a governadora Rosalba Ciarlini e o secretário chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso. O encontro foi agendado para sexta-feira, mas foi remarcado para a próxima segunda. Caso não ocorra, a greve se confirmará.
"Nós queremos negociar. Demos um prazo para o Governo até terça-feira. A greve só acontecerá se não houver essa negociação", alerta Djair Oliveira, vice-presidente do Sinpol no Rio Grande do Norte, lembrando que os prejuízos de uma possível greve acarretarão diretamente nos níveis de violência em todo o território potiguar. "Para a sociedade, é um grande prejuízo. A sensação de insegurança é sentida por todos os cidadãos do Rio Grande do Norte. Se a Polícia Civil paralisa, quem paga é a sociedade. Paga pelo descaso do Governo do RN com a segurança", reconhece Djair.
Em Mossoró, por exemplo, a situação tende a se agravar ainda mais. Casos de homicídios e tentativas de homicídio, bem como outros crimes de natureza violenta, como roubos e tráfico de entorpecentes, têm tido uma ascensão preocupante nos primeiros meses de 2011. Nesses casos, a responsabilidade de fazer o trabalho investigativo e, consequentemente, de produção de provas para a condenação dos criminosos é inteiramente da Polícia Civil. "Se não houver negociação, para tudo. Só ficam os serviços essenciais, inadiáveis. O restante paralisa tudo. Boletins (de ocorrência)...", diz o sindicalista.
Caso a Polícia Civil suspenda realmente suas atividades a partir da próxima terça-feira, o sindicato afirma que não há um prazo definido para que seja retomado o trabalho investigativo, bem como as outras atribuições da instituição. Nesse caso, a atuação da Polícia Civil no interior, que já é bastante defasada, piora ainda mais. Algumas cidades funcionarão como polos de atendimento, em casos de urgência, como Mossoró, por exemplo, que concentrará o trabalho de várias delegacias da região Oeste do Rio Grande do Norte. Em Natal, somente as delegacias de plantão funcionarão.
Polícia tem apoio da Assembleia Legislativa do RN
Os policiais civis do Rio Grande do Norte contam com o apoio de alguns dos membros da Assembleia Legislativa do Estado na luta por melhorias da categoria. Alguns deputados já manifestaram seu apoio à causa e vão intermediar o encontro dos representantes do Sindicato dos Policiais Civis e a governadora Rosalba Ciarlini.
O presidente da AL, Ricardo Motta, anunciou na semana passada que vai intermediar as negociações dos policiais civis com o Governo do Estado.
Os policiais civis do RN também receberam apoio dos deputados Gilson Moura, Fábio Dantas e Fernando Mineiro, que se comprometeram a integrar a comissão que negociará com o Governo. Mineiro, aliás, criticou o posicionamento do Estado para com os movimentos dos servidores públicos. Ele critica o fechamento de diálogo mesmo nas reuniões, o que vem ocorrendo com outras categorias, quando dizem que não poderão cumprir legislações aprovadas em 2010, para implantações de planos de cargos, carreira e salários.
