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domingo, 2 de janeiro de 2011

Dilma reafirma prioridade para o combate à miséria

Brasília (ABr) - Nos 45 minutos de discurso, após ser empossada, ontem à tarde, na Presidência da República, Dilma Rousseff não conteve a emoção e chorou ao lembrar dos "companheiros e companheiras" que "tombaram" na luta contra a ditadura militar, período que a história trata como "anos de chumbo". A primeira presidenta do Brasil reservou o fim de seu pronunciamento, após elencar as prioridades de seu governo, para homenagear os brasileiros que atuaram na resistência contra o regime militar.


Após tomar posse, Dilma recebe a faixa das mãos de Lula e promete "combater os privilégios e a corrupção" Foto:Bruno Peres/CB/D.A Press
Por duas vezes, Dilma não conteve as lágrimas. Na primeira, quando reforçou a intenção nos quatro anos em que dirigirá o país de combater os privilégios e a corrupção na administração pública e ao fazer um apelo de união em torno de seu projeto aos partidos de oposição. "Neste momento sou presidenta de todos os brasileiros", disse, já com a voz embargada, quando foi obrigada a silenciar para conter as lágrimas. Diante da emoção, coube aos parlamentares da base aliada interromper o silêncio do discurso com aplausos e gritos de "Dilma, Dilma".

Da segunda vez em que não conteve as lágrimas, a presidenta, já empossada, ressaltava as adversidades pela qual passou durante o período da ditadura. "Não tenho arrependimento, ressentimento ou rancor. Muitos de minha geração que tombaram no caminho não podem compartilhar da alegria desse momento", disse Dilma, dedicando o momento em que assume o governo do país às companheiras de luta contra o autoritarismo.

A presidenta abriu seu pronunciamento no Congresso com uma homenagem especial às mulheres brasileiras. Neste sentido, ela destacou a "ousadia do voto popular", que depois de levar um presidente operário á Presidência da República, dar a oportunidade a uma mulher de sucedê-lo. "Vim honrar as mulheres, proteger os mais frágeis e governar para todos". Ela reservou no seu pronunciamento uma homenagem especial ao vice-presidente do governo Lula, o empresário José Alencar, que luta contra o câncer. Segundo Dilma, o vice-presidente "é um exemplo de coragem" a ser perseguido por ela e seu vice, Michel Temer.

Dilma destacou que, nos seus quatro anos de mandato, travará "uma luta obstinada" pela erradicação da pobreza extrema e a garantia de oportunidades para todos os brasileiros e brasileiras. "Não vou descansar enquanto houver um brasileiro sem comida na mesa, famílias aos desalento das ruas e crianças pobres abandonadas à própria sorte", disse a presidenta. Ela ressaltou que essa tarefa não é exclusiva do governo, mas requer um pacto entre toda a sociedade brasileira. Neste sentido, Dilma disse que o combate à miséria passa pelo crescimento econômico do país aliado à ampliação dos programas sociais.

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