RN sem recursos para combater dengue
Com 52% dos municípios do Rio Grande do Norte com alto risco de ter epidemia de dengue e a Secretaria Estadual de Saúde devendo mais de R$ 100 milhões, o secretário Domício Arruda foi a Brasília (DF) em busca de recursos. "Não temos dinheiro para o combate à dengue. Vamos amanhã (18) a Brasília para carrear recursos específicos para esse fim", afirmou Domício Arruda, durante entrevista no dia 17 no Programa Panorama do Vale, da Rádio Princesa de Assú.
A questão do combate à dengue é complexa. Exige trabalho continuado e principalmente participação da população no sentido de não deixar água acumulada em vasilhame, por menor que este seja. O mosquito transmissor da dengue se reproduz em água limpa, geralmente nas caixas d'água e/ou qualquer vasilhame que acumule água, com garrafas pet e tampas de refrigerante. Para evitar o avanço da dengue, é preciso investir em campanha de mobilização.
Mas o Rio Grande do Norte, conforme Domício Arruda, não tem recursos. E o quadro não é favorável. O RN está entre os Estados brasileiros com risco alto de ter epidemia de dengue. Internamente, além dos 51 municípios com risco muito alto, há outros 36 com risco alto. O mapa da dengue no RN foi elaborado pela coordenadora estadual do Programa de Combate à Dengue, Kristiane Fialho, e pela subcoordenadora da Vigilância Epidemiológica, Juliana Araújo, na sexta-feira, 14.
Nas regiões Oeste e Vale do Açu, existem 11 municípios com quadro muito propenso a ter a epidemia. É o caso de Pau dos Ferros, São Miguel e Viçosa. Os três têm particularidades. Primeiro, houve um princípio de epidemia em 2010, mas foi controlado. Na época foram notificados cerca de 600 casos suspeitos. Já a cidade de Viçosa é muito arborizada e os troncos dessas árvores, sem os cuidados devidos, estariam proporcionando a reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Para Kristiane Fialho e Juliana Araújo, é importante destacar que o mapeamento mostra o grau de vulnerabilidade em que se encontra o Estado do RN, onde 87 (52%) municípios estão em situação de risco muito alto e alto risco, resultado preocupante para os gestores dos municípios que se localizam nessa faixa de classificação. Os prefeitos de Janduís, Salomão Gurgel, de Caraúbas, Ademar Ferreira, entre outros, mesmo o quadro nessas cidades não sendo ainda preocupante, estão realizando campanha de combate à dengue.
Com o início da temporada de inverno, Kristiane Fialho e Juliana Araújo orientam os prefeitos a intensificar o trabalho de orientação da população, pois é neste período que acontece de ficar água acumulada e o mosquito encontra facilidade para se reproduzir. As coordenadoras do combate à dengue no Estado aguardam o retorno do secretário Domício Arruda de Brasília para definir as metas de trabalho. A princípio, expediram algumas recomendações aos municípios.
Município reduz índice de infestação com piaba
Entre os municípios cuja possibilidade é mínima de acontecer uma epidemia de dengue está Apodi, com 34 mil habitantes. Diferentemente dos demais municípios, em Apodi a equipe de agentes de saúde que trabalham no combate à dengue usam piabas ornamentais nos tanques de quintas para evitar a reprodução do mosquito Aedes aegypti.
Em todos os municípios da região, o índice médio infestação predial é de 5%. Mas em Apodi esse número é de apenas 1,1%. Como o trabalho é feito com piabas, os agentes se dividem no trabalho. Uma equipe de agentes de saúde fica responsável por pescar e distribuir os peixes nas caixas de água. A outra equipe trabalha a conscientização da população.
O combate à dengue em Apodi, usando piabas, foi criado e implantado por Raimundo Chavier. Segundo ele, no início havia um princípio de rejeição, mas quando as pessoas perceberam a eficácia, aderiram e participam do processo. "A piaba, além de comer a larva do mosquito, deixa a água do tanque mais limpa do que os reservatórios sem a piaba", destaca Raimundo.
Em 2010, o município de Apodi só registrou seis casos suspeitos, sendo que três foram confirmados. Neste ano, teve uma notificação, mas não foi confirmada. Para se ter uma ideia, em Pau dos Ferros, que tem 27 mil habitantes, somente em três bairros foram registrados 600 notificações e centenas de casos confirmados.
A questão do combate à dengue é complexa. Exige trabalho continuado e principalmente participação da população no sentido de não deixar água acumulada em vasilhame, por menor que este seja. O mosquito transmissor da dengue se reproduz em água limpa, geralmente nas caixas d'água e/ou qualquer vasilhame que acumule água, com garrafas pet e tampas de refrigerante. Para evitar o avanço da dengue, é preciso investir em campanha de mobilização.
Mas o Rio Grande do Norte, conforme Domício Arruda, não tem recursos. E o quadro não é favorável. O RN está entre os Estados brasileiros com risco alto de ter epidemia de dengue. Internamente, além dos 51 municípios com risco muito alto, há outros 36 com risco alto. O mapa da dengue no RN foi elaborado pela coordenadora estadual do Programa de Combate à Dengue, Kristiane Fialho, e pela subcoordenadora da Vigilância Epidemiológica, Juliana Araújo, na sexta-feira, 14.
Nas regiões Oeste e Vale do Açu, existem 11 municípios com quadro muito propenso a ter a epidemia. É o caso de Pau dos Ferros, São Miguel e Viçosa. Os três têm particularidades. Primeiro, houve um princípio de epidemia em 2010, mas foi controlado. Na época foram notificados cerca de 600 casos suspeitos. Já a cidade de Viçosa é muito arborizada e os troncos dessas árvores, sem os cuidados devidos, estariam proporcionando a reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Para Kristiane Fialho e Juliana Araújo, é importante destacar que o mapeamento mostra o grau de vulnerabilidade em que se encontra o Estado do RN, onde 87 (52%) municípios estão em situação de risco muito alto e alto risco, resultado preocupante para os gestores dos municípios que se localizam nessa faixa de classificação. Os prefeitos de Janduís, Salomão Gurgel, de Caraúbas, Ademar Ferreira, entre outros, mesmo o quadro nessas cidades não sendo ainda preocupante, estão realizando campanha de combate à dengue.
Com o início da temporada de inverno, Kristiane Fialho e Juliana Araújo orientam os prefeitos a intensificar o trabalho de orientação da população, pois é neste período que acontece de ficar água acumulada e o mosquito encontra facilidade para se reproduzir. As coordenadoras do combate à dengue no Estado aguardam o retorno do secretário Domício Arruda de Brasília para definir as metas de trabalho. A princípio, expediram algumas recomendações aos municípios.
Município reduz índice de infestação com piaba
Entre os municípios cuja possibilidade é mínima de acontecer uma epidemia de dengue está Apodi, com 34 mil habitantes. Diferentemente dos demais municípios, em Apodi a equipe de agentes de saúde que trabalham no combate à dengue usam piabas ornamentais nos tanques de quintas para evitar a reprodução do mosquito Aedes aegypti.
Em todos os municípios da região, o índice médio infestação predial é de 5%. Mas em Apodi esse número é de apenas 1,1%. Como o trabalho é feito com piabas, os agentes se dividem no trabalho. Uma equipe de agentes de saúde fica responsável por pescar e distribuir os peixes nas caixas de água. A outra equipe trabalha a conscientização da população.
O combate à dengue em Apodi, usando piabas, foi criado e implantado por Raimundo Chavier. Segundo ele, no início havia um princípio de rejeição, mas quando as pessoas perceberam a eficácia, aderiram e participam do processo. "A piaba, além de comer a larva do mosquito, deixa a água do tanque mais limpa do que os reservatórios sem a piaba", destaca Raimundo.
Em 2010, o município de Apodi só registrou seis casos suspeitos, sendo que três foram confirmados. Neste ano, teve uma notificação, mas não foi confirmada. Para se ter uma ideia, em Pau dos Ferros, que tem 27 mil habitantes, somente em três bairros foram registrados 600 notificações e centenas de casos confirmados.