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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Vale do Açu ameaçado pela chuva

Os municípios localizados no Vale do Açu podem sofrer novamente com as enchentes que assolaram a região em 2008 e 2009. A previsão da Emparn de chuvas fortes na região nos próximos meses têm deixado os prefeitos do Vale preocupados com o que pode vir pela frente caso a análise se confirme. Com a intenção de prevenir as cidades de estragos ainda maiores, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) se reuniu com o secretário de Justiça e Cidadania (Sejuc), Thiago Cortez, o comandante do Corpo de Bombeiros, Elizeu Lisboa Dantas, e o prefeito de Assú, Ivan Júnior (PP), para discutir medidas que possam amenizar os prejuízos.


Áreas inundadas no município de Ipanguaçu durante as chuvas que atingiram a região em 2009. Articulação procura evitar que a catástrofe aconteça este ano.
Uma das medidas adotadas na reunião foi o envio de uma equipe do Corpo de Bombeiros para fazer um estudo aprofundado sobre as possíveis áreas de risco em caso de enchente. Acompanhada do prefeito Ivan Júnior, a equipe do Corpo de Bombeiros visitou diversas localidades, entre elas a barragem Armando Ribeiro Gonçalves e a ponte localizada sobre o Rio Piranhas que corre o risco de desabar em uma chuva mais forte. As visitas continuam nos próximos dias para que a análise dos pontos críticos sejam entregues à governadora para que sejam tomadas as medidas cabíveis antes das chuvas mais intensas, que devem ocorrer entre fevereiro e maio.

De acordo com o metereologista da Emparn Gilmar Bistrot, a previsão para os próximos dias na região do Vale do Açú é de céu parcialmente nublado com pancadas de chuva. "A curto prazo, que deve permanecer até meados de fevereiro, não temos previsão de chuvas mais intensas", afirmou. O especialista disse que o fato dessas chuvas mais fortes se deve à presença do fenômeno La Niña.

Mesmo com a previsão de que as chuvas intensas ainda vão demorar um pouco para chegar à região, o prefeito de Assu se preocupa, pois o prejuízo é incalculável e os municípios que enfrentaram as enchentes em 2008 e 2009 estão se reerguendo ainda. "Seria péssimo para todos porque estamos levantando a economia das cidades agora. Na época parou a Petrobras e o setor de fruticultura. O prejuízo para o estado foi tão grande que não sei calcular", disse.

Segundo o prefeito, a reconstrução foi mais difícil porque os municípios destruídos pelas enchentes em 2008 até o momento não receberam os recursos. "Só para Assu foram solicitados R$ 10 milhões, mas não recebemos nada", disse. Outra reclamação do prefeito é que o Seguro Safra - benefício concedido às famílias de agricultores que perdem suas colheitas devido às enchentes ou a seca - também não foi pago. "O governo federal e os municípios fizeram sua parte, mas o estado não mandou a contrapartida, por isso os agricultores não receberam o dinheiro", declarou. Ivan Júnior afirmou que foram repassados para os municípios arruinados pelas chuvas, em 2009, cerca de R$ 20 milhões pelo governo federal.

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