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sábado, 11 de dezembro de 2010

Estado tem déficit de R$ 851 milhões

O déficit financeiro que o atual governo deve deixar para o próximo exercício administrativo é de R$ 851 milhões, podendo esse número aumentar, tendo em vista que há despesas sendo realizadas para as quais não existe dotação orçamentária. Esse o quadro passada pela equipe de transição da governadora eleita, Rosalba Ciarlini (DEM), que, na tarde de ontem apresentou um diagnóstico de todos os segmentos da administração estadual, apontando a Saúde e as áreas de investimentos como os maiores desafios para a próxima gestora.

De acordo com o coordenador da equipe de transição, Obery Rodrigues, Rosalba deve enfrentar "sérias dificuldades", o que para ele é resultado de "desequilíbrio fiscal". Rodrigues informou que a Saúde deverá ser o grande calo da nova gestão. Com um déficit de R$ 178 milhões, o setor é o que apresenta mais riscos. "Houve um desequilíbrio entre a receita e as despesas da Sesap. A ideia é que, agora, os processos sejam mais transparentes e efetivos para que os recursos produzam benefícios", afirmou.

No que se refere aos investimentos para o estado, para Obery o grande problema é que o governo do estado dispõe de recursos para investir - oriundos de fontes federais, como convênios e financiamentos -, mas para firmar essas parcerias precisa dar uma contrapartida. "Hoje o estado está inadimplente com a locação dessa contrapartida. Por isso, as obras não saem do papel ou, quando saem, se arrastam", declarou.

Segundo ele, o atual governo, apesar das dificuldades, deve conseguir pagar a folha de pagamento de dezembro e o 13º salário, mas há o risco de a nova administração herdar essas despesas. "Se o governo não conseguir honrar esses compromissos, a governadora Rosalba terá que colocar em dia a folha de pagamento. Não vou fazer juízo, não posso dizer que foi irresponsabilidade, mas houve um desequilíbrio. Sabemos que houve a queda no repasse federal do Fundo de Participação dos Estados (FPE), e o Rio Grande do Norte ficou com uma diferença de receita de R$ 340milhões. Mas o governo não adotou medidas de contenção. Ao contrário, continuou como se nada estivesse acontecendo, gerando mais dívidas", disse Obery.

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