Unesco condena morte do jornalista F.Gomes

A diretora geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Irina Bokova, condenou ontem o assassinato do jornalista potiguar Francisco Gomes de Medeiros, o F. Gomes, cometido "porque cumpria com seu dever" profissional.

Em comunicado, a responsável da Unesco destacou que o assassinato do repórter no Rio Grande do Norte no último dia 18 aconteceu porque ele defendia "o direito humano fundamental à liberdade de expressão, pilar de toda sociedade democrática". "Peço às autoridades brasileiras que façam todos os esforços possíveis para investigar seu assassinato e prender os culpados", acrescentou.

F. Gomes, de 46 anos, foi assassinado em 18 de outubro na frente de sua residência na cidade de Caicó, no Rio Grande do Norte. Um homem que passava em uma moto disparou contra Medeiros, que morreu pouco após chegar ao hospital.

Segundo o Instituto Internacional de Imprensa (IPI), na última década 18 jornalistas foram assassinados no Brasil.

Investigação

O delegado-geral da Polícia Civil do RN, Elias Nobre, afirmou que está empenhado na resolução do caso. "Não podemos divulgar detalhes da investigação, mas todas as linhas estão sendo levantadas. Queremos exaurir qualquer hipóteses".